Hoje no Revolucionar para flexibilizar é dia de ligação directa ao mercado de trabalho. Afinal o que se pretende com isto de flexível.
O que eu gostava com isto é "awareness", que as pessoas conhecessem os seus direitos e deveres. A legislação existe e há muito que se pode fazer com ela. Mas as pessoas têm medo.
Gostava mesmo que as pessoas não tivessem medo. Que os trabalhadores não tivessem medo de pedir os seus direitos e que os empregadores não tivessem medo que os trabalhadores não cumpram os seus deveres.
No artigo 127º do código do trabalho que diz respeito aos Deveres do Empregador diz:
3 – O empregador deve proporcionar ao trabalhador condições de trabalho que favoreçam a conciliação da actividade profissional com a vida familiar e pessoal.
E no entanto insistem em fazer sempre o contrário, por medos, por comodismo, por aparências.
O trabalho em horário flexível, o trabalho a tempo parcial, as faltas para assistência à família, o teletrabalho - tudo isto já está contemplado na lei, é "só" tomar conhecimento, pedir, negociar.
E finalmente, utopia das utopias, gostava que acabassem as invejas. Do pai que sai mais cedo para levar o filho ao médico, da grávida de baixa por gravidez de risco, da mãe que sai todos os dias uma ou duas horas antes para amamentação. E, por favor, chega de ficar no trabalho até cada vez mais tarde, não para produzir trabalho, mas porque "fica bem". Saiam a horas, cumpram com as vossas funções, a vossa produtividade e saiam enquanto ainda é dia, para passear, ir ao ginásio, fazer compras, lanche com amigos, brincar com os filhos
Claudia Borralho
http://claudiaborralho.blogs.sapo.pt/634164.html
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