sexta-feira, 29 de abril de 2011

Apelo ao mercado de trabalho

Pediram-me para escrever um post sobre a falta de flexibilidade do mercado de trabalho para com as mães por este pais fora, logo agora que eu estou pelos cabelos com tanta papelada com as matriculas dos meus filhos que ainda é só lá para setembro mas as inscrições são agorinha mesmo e eu tenho lá cabeça pra pensar em textos xpto alusivos ao tema...

Ontem corri mil mundos a pedinchar papelitos disto e daquilo, ele é fazer cartão do cidadão, ele é inscrever nas finanças para obter o NIF quando eles coitadinhos são contribuintes de quê vá se lá saber? um minorca de 6 meses já com nº contribuinte onde já se viu e outra é a treta do nº da seguraça social quando eles tem é ADSE e eu desconto prá CGA... mais as mesmissimas declarações médicas e comprovativos de morada e patronal e o raio... credo passamos a vida a comprovar ao país que existimos e que a nossa vida é um mapa aberto ao estado, esses chulos!

Logo agora que eu ando de coração partidinho por deixar um minorquinha de 6 mesitos aos cuidados de outrem por mais de 8 horas e levam-me os tostões todos quando eu se pudesse e o meu emprego permitisse podia muito bem cuidar dele em part-time.

Já para não falar dos complementos de horário outro balurdio e tempo longe do meu puto mai lindo, que agora no 1º ciclo ainda é mais dificil adquirir e pra quê, porque fazem os horários dos miudos completamente descabidos dos nossos, entram ao mesmo tempo que nós saiem mais cedo tem mais dias de férias, é impossivel não ter um ATL ou um CH e ainda nos pedem a nós pais presos a uns miseros 25 dias de férias por ano para "a criancinha tem de ter 22 dias de férias obrigatóriamente" quando nesses 22 dias mal podemos gozar as férias como deve ser quando até ai nos ligam do emprego com problemas.

E eu só penso meu deus a trabalhar as horas que trabalho, as correrias de manhã prós ir deixar, as correrias ao final do dia prós ir buscar, as lides por fazer, o cansaço ao final do dia e a falta de paciencia como é que eu vou poder acompanhar emocionalmente o seu desenvolvimento escolar e não só... e se eles estão a passar por uma fase má e eu não dou conta porque também o trabalho laboral a azucrinar-me o juizo.

Ou uma pessoa balda-se prá carreira profissional ou é mãe não há outra hipotese, e toda a gente sabe que assim que um bébe cresce na barriga é dizer adeus aos prémios de produtividade, ás subidas de carreira, ás regalias e horas extras...

Patrões deste pais, como é possivel criarem-se familias grandes e felizes se a pressão é tanta!

Por isso aqui vai o meu apelo, se bem que muito ao desenrrasco, facilitem mais a vida duma mãe como eu e deem-nos a flexibilidade que necessitamos para cuidar e criar os homens e mulheres de amanhã... só assim acredito que Portugal teria futuro... se a mãe do Sócrates fosse mais dedicada e tivesse mais tempo pró criar não teriamos o FMI à perna como agora, acreditem !!

E tenho dito.
 
Mãe q.b.

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