segunda-feira, 16 de maio de 2011

Trabalhar menos horas e com mais garantias

"Trabalhar menos horas e mais anos num pais de velhos" , o problema do envelhecimento da população é tratado pelo Publico de hoje e uma das soluções apresentadas por Maria João Valente Rosa vai ao encontro de uma das bases do movimento "Revolucionar para flexibilizar" :

 "As barreiras que existem baseadas na idade e que levam a que a primeira fase da vida seja dedicada à formação, a segunda - a chamada idade activa - a jornadas de trabalho muito intensas e a terceira à reforma e ao lazer estão totalmente desfasadas", diz. Soluções? "Por que não dedicar mais tempo da idade activa ao lazer, à formação e à família, até porque é nessas idades que os filhos são pequenos, compensando depois com um prolongamento do período de actividade até idades mais avançadas?"

Mais à frente, neste artigo, Leston Bandeira chama à atenção para os riscos da precariedade e de uma flexibilidade negativa, que não tem em consideração as necessidades de estabilidade essenciais para a familia :

As mulheres com um contrato de trabalho sem termo tinham "duas vezes mais possibilidades e probabilidades de ter um filho" (...) promover a natalidade "é incompatível com a flexibilização do despedimento e com a instabilidade no emprego". "Quem defende esse tipo de medidas está apenas a pensar naquilo que é mais imediato e, sobretudo, nos interesses de um certo patronato. E o futuro do país vai ser uma desgraça se não conseguirmos criar condições para que os jovens se possam estabelecer e criar uma família", vaticina, reclamando dos políticos "uma escala de prioridades que contemple a questão demográfica e a luta contra o envelhecimento".

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