terça-feira, 26 de julho de 2011

As primeiras semanas após o regresso de uma licença de maternidade

Regressar ao trabalho pode parecer um choque cultural. A funcionária entrará mais rápida e facilmente no ritmo se se sentir apoiada desde o primeiro dia.
“Se algum gestor me dissesse que não havia necessidade de dar pessoalmente as boas vindas a uma funcionária que regressa, ou de planear um período de adaptação/actualização da formação, eu diria que esse gestor era incompetente, e perguntar-lhe-ia como se iria sentir ao começar um novo emprego, ou um novo projecto, se o chefe não estivesse lá para o cumprimentar. Houve muitas mudanças para esta funcionária e para nós enquanto ela esteve fora. Ninguém gostaria de iniciar um novo projecto sem ter a certeza de que todos estão devidamente informados e sabem o que estão a fazer.”
Les Adams, Gestor na National Grid

“Eu sabia que tinha de reforçar a autoconfiança nas funcionárias que regressavam e ter a certeza de que elas se sentem valorizadas.”
Maria Block, gestora de linha numa grande organização que fez parte da função pública

Como lidar com a situação
É normal para a funcionária ter uma sensação de choque cultural, uma vez que as exigências de cuidar de um bebé e do emprego são frequentemente muito diferentes. Mesmo os conceitos fundamentais, como o tempo, são diferentes quando cuidamos de crianças pequenas, em comparação com o local de trabalho. É normal levar algum tempo para se adaptar.

Se a funcionária se sentir stressada e ansiosa, pode ser adequado ter uma directiva e estilo de apoio mais práticos. Por outro lado, se uma funcionária se sentir confiante e segura de sim, um estilo participativo pode ser mais indicado. Há grandes vantagens em dedicar algum tempo para considerar o estilo de gestão adequado, pois a funcionária sentir-se-á valorizada e adaptar-se-á mais rapidamente ao ritmo de trabalho.

Muitos gestores preocupam-se, compreensivelmente, com a gestão das mulheres que regressam da licença de maternidade, especialmente se elas regressam a um novo padrão de trabalho ou forma de trabalhar. No entanto, há muitas coisas que podem de facto ajudar:

Tenha uma visão clara: certifique-se de que todas as pessoas compreendem os objectivos enquanto equipa e que compreendem as vantagens de os atingir.

Defina objectivos com resultados claros: lembre-se de comemorar os pontos de passagem e medir o sucesso pelos resultados.

Confie nas pessoas e espere o melhor delas. A equipa estará mais empenhada e o gestor fica livre para tratar de assuntos mais abrangentes.

Trate as pessoas como gostaria que o tratassem a si; conheça-os individualmente, descubra o que os motiva e esteja aberto a quaisquer boas ideias que possam ter.

Trate imediatamente das questões disciplinares e preocupações individuais: todos o irão respeitar.

Faça análises regulares para verificar o progresso relativamente aos objectivos e faça os ajustes necessários para que tudo continue a correr sobre rodas.

Certifique-se de que comunica eficazmente se estiver lidar com trabalhadores em regime flexível: reúna regularmente a equipa para avaliar o progresso e trate das questões que surjam antes de elas se tornarem problemáticas.

Mantenha as pessoas motivadas limitando as horas de trabalho excessivas e promovendo as oportunidades de desenvolvimento e formação.

Alimente uma cultura flexível e positiva, em que haja reciprocidade, partilha de responsabilidades pela execução das tarefas e partilha dos louros pelo sucesso dos resultados.

“Estava muito nervosa por voltar ao trabalho, um pouco como no primeiro dia de aulas. O meu gestor de linha deu-me muito apoio. Estava seguro desde o início. Disse-me “Faz isto na primeira semana; na semana que vem faz aquilo”, e deixou-me trabalhar na sombra até eu me sentir à vontade. Foi quase como começar de novo. Apanhei o ritmo num instante. Senti-me muito bem”.
Kate, gestora de vendas

http://www.flexibility.co.uk/
Tradução feita por Carla Palhares da Costa

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